28-03-2022 Figueira da Foz será a Capital do Mar
ENTREVISTA A PEDRO SANTANA LOPES
O Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, diz-se empenhado em acabar com a discriminação de que, diz, o porto da Figueira da Foz tem sido vítima.
AGEPOR - Em que medida a cidade da Figueira da Foz avalia a importância do seu porto comercial?
Pedro Santana Lopes - A Figueira da Foz é uma cidade virada para o Mar, para o rio, para a água e por isso, naturalmente, o porto comercial tem toda a importância para a cidade. O problema existente à entrada da barra - que condiciona bastante o movimento de navios no nosso porto - é uma questão urgente, mas o Município compreende que é um esforço conjunto de várias entidades, como sejam a APA, a APAFF e o próprio Governo.
O porto é obviamente essencial para a economia da Figueira da Foz e da região, é o único porto da região centro.
Se queremos fazer da Figueira da Foz a capital do Mar temos de desenvolver e apostar na Economia Azul. Na indústria, nos viveiros, nas conservas, na formação de profissionais do mar, na logística, nas empresas de recuperação e restauro de barcos e navios. Temos interesse e procura por parte de investidores, mas a situação da erosão costeira e do assoreamento são problemas que nos impedem de seguir tão rápido como gostaríamos. É urgente e estamos a trabalhar para que a solução se imponha o mais brevemente possível.
AGEPOR - Como é que gostaria, e em que medida irá, enquanto Presidente da Câmara, contribuir para que a evolução binómio cidade-porto seja um sucesso nos próximos anos?
Pedro Santana Lopes - A minha maior contribuição será todo o meu empenho em ajudar a resolver a questão da erosão costeira a sul, e se isso acontecer tão breve quanto esperamos será o início de uma nova era, em que a Capital do Mar será no centro de Portugal e a Figueira da Foz passará a estar na liderança de um novo tempo. Com o porto a funcionar em pleno poderemos aumentar, e muito, o fluxo de navios, poderemos aumentar os apoios em infraestruturas, com condições melhores para quem trabalha do mar e para o mar, poderemos instalar escolas náuticas (seja de formação, de modalidades desportivas ou de salvamentos e resgate) e melhorar as condições das que já existem. Poderemos estimular a economia e isso mudará a vida dos figueirenses.
A indústria desta região, a atividade piscatória, mesmo a componente lúdica, nomeadamente barcos de recreio, para tudo é essencial um porto a funcionar como deve ser, e não o porto mais discriminado da rede de grandes portos do país como tem sido o da Figueira da Foz. É esse o nosso trabalho, é essa a nossa luta.
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